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Os arquétipos de Jung e o marketing

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arquétipos de Jung

Conheça os 12 arquétipos que estão presentes em nosso inconsciente e que nos fazem ter empatia e gerar engajamento por marcas e empresas.

Você sabia que existe um conjunto de arquétipos estudados por Carl Gustav Jung, que está presente em nosso inconsciente e que nos faz ter identificações com determinadas pessoas ou empresas? Além disso, todos nós já possuímos algum desses arquétipos, sem nem mesmo conhecê-los! Conforme as palavras de Jung:

“O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambas sofrem uma transformação”.Carl G. Jung

Hoje trouxemos alguns exemplos de arquétipos pesquisados por Jung e como eles influenciam no marketing das empresas. Neste artigo, você vai ver:

  • O que são os arquétipos?
  • Quantos arquétipos existem, de acordo com Jung?
  • Qual a importância desses arquétipos para a minha marca?

O que são arquétipos?

Os arquétipos são definidos como símbolos, formas, sons, gestos, comportamentos, atitudes, situações, odores, toques, personalidades e/ou figuras registradas em nosso inconsciente coletivo.

Por consequência, quando entramos em contato com gatilhos sensoriais que despertam a identificação com estes símbolos, somos capazes de nos conectar com eles. Sejam eles identificados em pessoas (com comportamentos ou pensamentos), ou mesmo em marcas (com algum tipo de mensagem transmitida ao receptor).

Estas características são observadas com certa semelhança pela sociedade, ao longo da história, pelo fato de já estarem registradas, de alguma forma, em nossa mente. Conforme Carl G. Jung, são “heranças psicológicas” transmitidas de nossos antepassados.

Quais são os arquétipos de Jung?

Em primeiro lugar, vamos falar um pouco sobre Carl Gustav Jung. Um psicólogo e psiquiatra, foi o pioneiro nos estudos sobre a psicologia analítica. Ele se dedicou a estudar os arquétipos em sua trajetória como pesquisador.

Visto que os arquétipos derivam do nosso inconsciente coletivo, são denominados como padrões e comportamentos repetitivos e, ao todo, somam-se 12 arquétipos mais populares, os quais são definidos por algumas características predominantes. São eles:

1 – O inocente

arquétipos de Jung 2

Este arquétipo é positivo e inspira as pessoas ao seu redor. É puro, feliz e procura soluções para descomplicar o dia a dia. Além disso, é autêntico, espontâneo e transparente. Exemplo de empresas que usam esse artifício: Dove e Coca-Cola.

2 – O sábio

arquétipos de Jung 3

Ele valoriza o aprendizado, e com ele se pode chegar a grandes lugares. Está sempre de olho em tendências! Mas, é analítico e uma fonte de informação confiável. Algumas marcas que se alinham com esse contexto: Google, TED e TEDx.

3 – O Herói

arquétipos de Jung 4

Ajuda a melhorar o mundo! Ele está sempre pronto para novos desafios, É corajoso e acredita que tudo é possível com esforço e dedicação. Como exemplo de empresas que têm essa essência, podemos citar: Nike e Duracell.

4 – O Fora da Lei

arquétipos de Jung 5

Este arquétipo quebra as barreiras do cotidiano, ele é revolucionário. É um perfil ligado a marcas disruptivas, inovadoras e selvagens, aquelas que rompem os padrões. É o “diferentão”. Podemos lembrar das seguintes marcas associadas: Harley Davison e Apple.

5 – O Explorador

arquétipos de Jung 6

É o desbravador do mundo. Ele é desprendido da monótona rotina do dia a dia. Está sempre seguindo em frente, o seu caminho é constante rumo ao horizonte. Ele é selvagem, corajoso e ambicioso. Exemplo de marcas que personificam esse arquétipo: Jeep e Land Rover.

6 – O Mago

arquétipos de Jung 7

Ele também é chamado de o Mágico. É um arquétipo transformador, misterioso, irônico e ilusionista. Transmite a imagem de algo inovador, livre, disruptivo e visionário. Ele procura encantar e envolver o seu público. Duas marcas que se encaixam nessa descrição são: Disney e Red Bull.

7 – O Cara Comum

arquétipos de Jung 8

Este arquétipo procura se inserir no meio da sociedade, é rotineiro, prático, deseja o pertencimento. Ele é “pé no chão” e procura se conectar com o público de forma simples e prática. Estas marcas incorporam bem essas premissas: Leroy Merlin e Havaianas.

8 – O Amante

arquétipos de Jung 9

Traduz a personalização de um produto sedutor. É algo sofisticado, exclusivo e ousado, são seus principais adjetivos. É feito para quem busca o calor de um momento. Exemplo de marcas que utilizam essas narrativas: Dior e Victoria’s Secret.

9 – O Bobo da Corte

arquétipos de Jung 10

Este é um arquétipo despreocupado e acessível para todos. Ele vive das coisas simples, se aproxima do público com facilidade e sem qualquer segregação social. É gente como a gente. Alguém irreverente e super espontâneo no seu jeito de comunicar. Essas marcas se adequam a estereótipo: Netflix, Doritos e Skol.

10 – O Prestativo

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Este traz com sua essência o cuidado, a proteção, carinho e a afetividade. Tem como missão melhorar a vida daqueles que estão à sua volta, sem medir esforços. O ser humano está no seu foco. Marcas que estão ligadas a essas características são: OMO e Médicos Sem Fronteiras.

11 – O Criador

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Cheio de criatividade, este arquétipo valoriza todas as ideias. São infinitas possibilidades que surgem a partir da sua interação. Ele cria narrativas com significado, e muita imaginação, em que o céu é o limite. Exemplos de marcas que tem essa pegada criativa: Lego, Faber Castell e YouTube.

12 – O Governante

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E por fim, temos este arquétipo que se posiciona como um líder. Ele se comunica com facilidade, é persuasivo, carismático e cria comunidades. Passa a sensação que seu produto está em outro patamar. Poderoso e seguro são seus principais adjetivos. Exemplo de marcas: Rolex e Mercedes.

Qual a importância desses arquétipos para a minha marca?

Os arquétipos de Jung auxiliam na identificação da personalidade, humanização e posicionamento de uma marca. Por isso, contribuem para a definição do tom de voz da empresa para/com seu público.

Cada vez mais o público exige um transparente e sincero posicionamento das marcas. Devido a isso, é importante que as empresas se preocupem em definir o arquétipo e tom de voz para uma comunicação assertiva com seu target. De acordo com o pesquisador e escritor Hélio Couto:

“[…] o arquétipo está associado a um determinado produto, inevitavelmente ela associará aquelas emoções e sentimentos com o produto associado. Isto se chama neuroassociação”.

Desse modo, assim como cada pessoa possui um arquétipo (ou mais) e se identifica com determinadas características dele, as conexões podem ser geradas tanto entre pessoas, como também entre marcas e pessoas. E essa afinidade pode estar ligada com um propósito, uma linguagem e/ou valores pré-determinados, devidamente alinhados com uma estratégia de marketing.

“Quando uma pessoa vê, ouve ou percebe um arquétipo, determinados neurotransmissores e hormônios são produzidos pelo seu organismo, gerando emoções, depois sentimentos e provocando comportamentos. Isto tem uma tremenda implicação, porque a pessoa não tem a menor ideia da influência que está recebendo daquele arquétipo. Ainda mais quando a percepção é inconsciente”. Marketing de Arquétipos – Hélio Couto.

Logo, essa identificação é o sentimento, e, pelo menos, um dos objetivos das marcas é (ou deveria ser) ter algum tipo dessa conexão com seu público-alvo. Nesse sentido, nos vem à mente um questionamento que convidamos você a fazer: sua empresa já estabeleceu a ligação com um arquétipo que ela se identifica?

Indicamos que isso esteja bem definido, assim como a persona da marca devidamente mapeada, para que você possa ter uma comunicação assertiva e eficiente. Sem dúvidas, isso vai te auxiliar, dentre muitas coisas, a:

  • ter a lealdade dos consumidores;
  • desenvolver uma maior possibilidade de venda dos seus produtos/serviços;
  • receber indicações orgânicas dos seus produtos/serviços.

E agora, conseguimos te fazer entender a importância dos arquétipos para o marketing da sua empresa? Continue nos acompanhando aqui no blog para mais conteúdos relevantes. Obrigada e até breve.